quarta-feira, 18 de outubro de 2017

NOS PROBLEMAS DA POSSE


"Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele". PAULO (Timóteo, 6:7.)



Não encarceres o próprio Espírito ao apego aos patrimônios transitórios do plano material que, muitas vezes, não passam de sombra coagulada em torno do coração.

Observa o infortúnio de quantos se agrilhoaram à paixão da posse, nos territórios do sentimento.

Muitos não se contentaram com a própria ruína, convertendo os semelhantes em vítimas dos desvarios a que se confiaram, insanos.

Supunham-se donos das criaturas que amavam e, ante os primeiros sinais de emancipação a que se mostraram dispostas, não vacilaram em abatê-las sob golpe homicida.

Julgavam-se proprietários absolutos de bens passageiros e transformaram as lágrimas

dos órfãos e das viúvas em cadeias de fome e vínculos da morte.

Presumiam-se mandantes exclusivos da autoridade e fortaleceram o império da violência.

Superestimavam os próprios recursos e, enceguecidos na megalomania do poder transviado, agravaram, junto de si,os perigos da ignorância e os processos de crueldade.

Todos eles, porém, dominados pelo orgulho, despertaram, desorientados e infelizes, nas trevas que amontoaram em si mesmos, com imenso trabalho a fazer para a própria libertação.

Usa as possibilidades da vida, sem a presunção de te assenhoreares daquilo que Deus te empresta.

Nessa ou naquela vantagem efêmera, que te felicite o caminho entre os homens, recorda, com o Apóstolo Paulo, que os Espíritos reencarnados não trazem consigo quaisquer propriedades materiais para este mundo e manifesto é que nenhuma delas poderão levar dele.


(Do Livro "Palavras de Vida Eterna", Cap. 119)

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