“Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência.” — Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, capítulo 1, versículo 12.)
Desde as tribos selvagens, que
precederam a organização das famílias humanas, tem sido a Terra
grande palco utilizado na exibição das glórias passageiras.
A concorrência intensificou a procura
de titulos honorificos transitórios.
O mundo desde muito conhece glórias
sangrentas da luta homicida, glórias da avareza nos cofres da
fortuna morta, do orgulho nos pergaminhos brasanados e inúteis,
da vaidade nos prazeres mentirosos que precedem o sepulcro; a ciência
cristaliza as que lhe dizem respeito nas academias isoladas; as
religiões sectaristas nas pompas externas e nas expressões
do proselitismo.
Num
plano onde campeiam tantas glórias fáceis, a do cristão é mais
profunda, mais difícil. A vitória do seguidor de Jesus é quase
sempre no lado inverso dos triunfos mundanos. É o lado oculto. Raros
conseguem vê-lo com olhos mortais.
Entretanto, essa glória é tão
grande que o mundo não a proporciona, nem pode subtraí-la. É o
testemunho da consciência própria, transformada em
tabernáculo do Cristo vivo.
No instante divino dessa glorificação,
deslumbra-se a alma ante as perspectivas do Infinito. É que
algo de estranho aconteceu aí dentro, na cripta misteriosa do
coração: o filho achou seu Pai em plena eternidade.
(Caminho, Verdade e Vida; cap. 119)
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