“Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.” - (JOÃO, capítulo 2, versículo 5.)
O Evangelho é roteiro iluminado do
qual Jesus é o centro divino. Nessa Carta da Redenção,
rodeando-lhe a figura celeste, existem palavras, lembranças,
dádivas e indicaçõeS muito amadas dos que lhe foram legítimos
colaboradores no mundo.
Recebemos aí recordações amigas de
Paulo, de João, de Pedro, de companheiros outros do Senhor, e que
não poderemos esquecer.
Temos igualmente, no Documento
Sagrado, reminiscências de Maria. Examinemos suas preciosas
palavras em Caná, cheias de sabedoria e amor materno.
Geralmente, quando os filhos procuram
a carinhosa intervenção de mãe é que se sentem órfãos de
ânimo ou necessitados de alegria. Por isso mesmo, em todos os
lugares do mundo, é comum observarmos filhos discutindo com os pais
e chorando ante corações maternos.
Interpretada com justiça por anjo
tutelar do Cristianismo, às vezes é com imensas aflições que
recorremos a Maria.
Em verdade, o versículo do apóstolo
João não se refere a paisagens dolorosas. O episódio ocorre numa
festa de bodas, mas podemos aproveitar-lhe a sublime expressão
simbólica.
Também nós estamos na festa de
noivado do Evangelho com a Terra. Apesar dos quase vinte séculos
decorridos, o júbilo ainda é de noivado, porqüanto não se
verificou até agora a perfeita união... Nesse grande concerto da
idéia renovadora, somos serventes humildes. Em muitas ocasiões,
esgota-se o vinho da esperança. Sentimo-nos extenuados,
desiludidos... Imploramos ternura maternal e eis que Maria nos
responde: Fazei tudo quanto ele vos disser.
O conselho é sábio e profundo e foi
colocado no princípio dos trabalhos de salvação.
Escutando semelhante advertência de
Mãe, meditemos se realmente estaremos fazendo tudo quanto o
Mestre nos disse.
(Caminho, Verdade e Vida; cap. 171)
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