segunda-feira, 7 de maio de 2012

PALAVRAS DE MÃE




Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.” - (JOÃO, capítulo 2, versículo 5.)


O Evangelho é roteiro iluminado do qual Jesus é o centro divino. Nessa Carta da Redenção, rodean­do-lhe a figura celeste, existem palavras, lembranças, dádivas e indicaçõeS muito amadas dos que lhe foram legítimos colaboradores no mundo.
Recebemos aí recordações amigas de Paulo, de João, de Pedro, de companheiros outros do Senhor, e que não poderemos esquecer.
Temos igualmente, no Documento Sagrado, re­miniscências de Maria. Examinemos suas preciosas palavras em Caná, cheias de sabedoria e amor ma­terno.
Geralmente, quando os filhos procuram a cari­nhosa intervenção de mãe é que se sentem órfãos de ânimo ou necessitados de alegria. Por isso mesmo, em todos os lugares do mundo, é comum observarmos filhos discutindo com os pais e chorando ante cora­ções maternos.
Interpretada com justiça por anjo tutelar do Cristianismo, às vezes é com imensas aflições que recorremos a Maria.
Em verdade, o versículo do apóstolo João não se refere a paisagens dolorosas. O episódio ocorre numa festa de bodas, mas podemos aproveitar-lhe a sublime expressão simbólica.
Também nós estamos na festa de noivado do Evangelho com a Terra. Apesar dos quase vinte séculos decorridos, o júbilo ainda é de noivado, porqüanto não se verificou até agora a perfeita união... Nesse grande concerto da idéia renovadora, somos serventes humildes. Em muitas ocasiões, esgota-se o vinho da esperança. Sentimo-nos extenuados, desi­ludidos... Imploramos ternura maternal e eis que Maria nos responde: Fazei tudo quanto ele vos disser.
O conselho é sábio e profundo e foi colocado no princípio dos trabalhos de salvação.
Escutando semelhante advertência de Mãe, me­ditemos se realmente estaremos fazendo tudo quanto o Mestre nos disse.

(Caminho, Verdade e Vida; cap. 171)

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