“Mas
ide dizer a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós
para a Galileia.” (Marcos, 16:7)
É raro encontrarmos
discípulos decididos à fidelidade sem mescla, nos momentos que a
luta supera o âmbito normal.
Comumente, em se
elevando a experiência para maiores demonstrações de coragem,
valor e fé, modifica-se-lhes o ânimo, de imediato. Converte-se a
segurança os obstáculos e surgirá dolorosa incerteza.
Os aprendizes, no
entanto, não devem olvidar a sublime promessa do princípio, quando
o pastor recompunha o rebanho disperso.
Quando os companheiros,
depois da Ressurreição, refletiam no futuro, oscilando entre a
dúvida e a perplexidade, eis que o Mensageiro do Mestre lhes
endereça aviso salutar, assegurando que o Senhor marcharia adiante
dos amigos, para a Galileia, onde aguardaria os amados colaboradores,
a fim de assentarem as bases profundas do trabalho evangélico no
porvir.
Não nos cabe esquecer
que, nas primeiras providências do apostolado divino, Jesus sempre
se adiantou aos companheiros nos testemunhos santificantes.
E assim acontece,
invariavelmente, no transcurso dos séculos.
O Mestre está sempre
fazendo o máximo na obra redentora, contando com o esforço dos
cooperadores apenas nas particularidades minúsculas do celeste
serviço...
Não vos entregueis às
sombras da indecisão quando permanecerdes sozinhos ou quando o
trabalho se agrave na estrada comum.
Ide, confiantes e
otimistas, às provações salutares ou às tarefas dilacerantes que
esperam por nosso concurso e ação. Decerto, não seremos quinhoados
por facilidades deliciosas, num mundo onde a ignorância ainda
estabelece lamentáveis prisões, mas sigamos felizes no encalço das
obrigações que nos competem, conscientes de que Jesus, amoroso e
previdente, já seguiu adiante de nós...
(Vinha
de Luz; Cap. 67)
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