segunda-feira, 30 de julho de 2012

ERGAMO-NOS



Levantar-me-ei e irei ter com meu pai...” — (LUCAS, capítulo 15, versículo 18.)


Quando o filho pródigo deliberou tornar aos braços paternos, resolveu intimamente levantar-se.
Sair da cova escura da ociosidade para o campo da ação regeneradora.
Erguer-se do chão frio da inércia para o calor do movimento reconstrutivo.
Elevar-se do vale da indecisão para a monta­nha do serviço edificante.
Fugir à treva e penetrar a luz.
Ausentar-se da posição negativa e absorver-se na reestruturação dos próprios ideais.
Levantou-se e partiu no rumo do Lar Paterno.
Quantos de nós, porém, filhos pródigos da Vida, depois de estragarmos as mais valiosas oportunidades, clamamos pela assistência do Senhor, de acor­do com os nossos desejos menos dignos, para que sejamos satisfeitos? quantos de nós descemos, vo­luntariamente, ao abismo, e, lá dentro, atolados na sombria corrente de nossas paixões, exigimos que O Todo-Misericordioso se faça presente, ao nosso lado, através de seus divinos mensageiros, a fim de que os nossos caprichos sejam atendidos?
Se é verdade, no entanto, que nos achamos empenhados em nosso soerguimento, coloquemo-nos de pé e retiremo-nos da retaguarda que desejamos abandonar.
Aperfeiçoamento pede esforço.
Panorama dos cimos pede ascensão.
Se aspiramos ao clima da Vida Superior, adian­temo-nos para a frente, caminhando com os padrões de Jesus.
Levantar-me-ei, disse o moço da parábola.
  • Levantemo-nos, repitamos nós.

(Fonte Viva; cap. 13)

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