"Mas
nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício não
fosse compor obrigação, mas espontâneo" - Paulo (Filemon,
1:14.)
É das Leis evolutivas
que todos os agentes inferiores da Natureza sirvam em regime de
compulsória.
Pedras são arrancadas
ao berço multimilenário para que obedeçam nas construções.
Tombam vegetais, a
duros lances de força para se fazerem mais úteis.
Animais sofrem
imposições e pancadas, afim de se entregarem à prestação de
serviço.
Alcançando, no
entanto, a razão, por atestado de madureza própria, o espírito é
chamado ao livre arbítrio, por filho do criador que atingiu a
maioridade na criação.
Chegado a essa fase,
ilumina-se pela chama interior do discernimento para a aquisição
das experiências que lhe cabem realizar, de modo a erguer seus
méritos, podendo, em verdade, escolher o caminho reto ou sinuoso,
claro ou escuro, em que mais se apraza.
Reflete, pois, na
liberdade íntima e pessoal de que dispões para fazer o bem,
amplamente, ilimitadamente, constantemente ...
Escrevendo a Filêmon,
disse Paulo: "mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o
teu benefício não fosse como por obrigação, mas espontâneo".
Assim, também, o
Divino Mestre para conosco.
Aqui e ali, propõe-nos,
de maneira direta ou indireta, ensinamentos e atitudes, edificações
e serviços, mas espera sempre por nossa resposta voluntária, de vez
que a obra da verdadeira sublimação espiritual não comporta servos
constrangidos.
(Palavras
de Vida Eterna; cap. 120)
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