domingo, 11 de março de 2012

Em Espírito

“Mas, se pelo espírito mortificardes as obras da carne, vivereis.” — Paulo.
(ROMANOS, CAPÍTULO 8, VERSÍCULO 13.)
Quem vive, segundo as leis sublimes do espírito, respira em esfera diferente do próprio
campo material em que ainda pousa os pés.
Avançada compreensão assinala-lhe a posição íntima.
Vale-se do dia qual aprendiz aplicado que estima na permanência sobre a Terra
valioso tempo de aprendizado que não deve menosprezar.
Encontra, no trabalho, a dádiva abençoada de elevação e aprimoramento.
Na ignorância alheia, descobre preciosas possibilidades de serviço.
Nas dificuldades e aflições da estrada, recolhe recursos à própria iluminação e
engrandecimento.
Vê passar obstáculos, como vê correr nuvens. Ama a responsabilidade, mas não
se prende à
posse.
Dirige com devotamento, contudo, foge ao domínio.
Ampara sem inclinações doentias.
Serve sem escravizar-se.
Permanece atento para com as obrigações da sementeira, todavia, não se inquieta
pela colheita, porque sabe que o campo e a planta, o sol e a chuva, a água e o vento
pertencem ao Eterno Doador.
Usufrutuário dos bens divinos, onde quer que se encontre, carrega consigo mesmo, na
consciência e no coração, os próprios tesouros.
Bem-aventurado o homem que segue vida a fora em espírito! Para ele, a morte aflitiva
não é mais que alvorada de novo dia, sublime transformação e alegre despertar!

(Pão Nosso; cap. 82)

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