“Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens.” — Jesus. (MARCOS, capítulo 7, versículo 7.)
A atualidade do Cristianismo
oferece-nos lições profundas, relativamente à declaração acima
mencionada.
Ninguém duvida do sopro cristão que
anima a civilização do Ocidente. Cumpre notar, contudo, que a
essência cristã, em seus institutos, não passou de sopro, sem
renovações substanciais, porque, logo após o ministério divino do
Mestre, vieram os homens e lavraram ordenações e decretos na
presunção de honrar o Cristo, semeando, em verdade, separatismo
e destruição.
Os últimos séculos estão
cheios de figuras notáveis de reis, de religiosos e políticos
que se afirmaram defensores do Cristianismo e apóstolos de suas
luzes.
Todos eles escreveram ou ensinaram em
nome de Jesus.
Os príncipes expediram mandamentos
famosos, os clérigos publicaram bulas e compêndios, os
administradores organizaram leis célebres. No entanto, em vão
procuraram honrar o Salvador, ensinando doutrinas que são
caprichos humanos, porqüanto o mundo de agora ainda é campo de
batalha das idéias, qual no tempo em que o Cristo veio pessoalmente
a nós, apenas com a diferença de que o Farisaísmo, o Templo,
o Sinédrio, o Pretório e a Corte de César possuem hoje outros
nomes, Importa reconhecer, desse modo, que, sobre o esforço de
tantos anos, é necessário renovar a compreensão geral e servir ao
Senhor, não segundo os homens, mas de acordo com os seus próprios
ensinamentos.
(Caminho Verdade e Vida; cap. 37)
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