quinta-feira, 15 de março de 2012

TEMPO DE CONFIANÇA



E disse-lhes: Onde está a vossa fé?” — (LUCAS, capítulo 8, versículo 25.)


A tempestade estabelecera a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes. Desorientados, ante a fúria dos elementos, socorrem-se de Jesus, em altos brados.
Atende-os o Mestre, mas pergunta depois:
Onde está a vossa fé?
O quadro sugere ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a neces­sidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido. Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio.
Se há ensejo para trabalho e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora adequada.
Ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.
Aguardem os discípulos, naturalmente, oportu­nidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais extensa e intensivamente os ensinos do Senhor. Sem isso, seria impossível aferir valores.
Na atualidade dolorosa, inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. E o socorro vem sempre, porque é infinita a misericórdia celes­tial, mas, vencida a dificuldade, esperem a indagação:
Onde está a vossa fé?
E outros obstáculos sobrevirão, até que o dis­cípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a ven­cer, serenamente, com as lições recebidas.

(Caminho, Verdade e Vida; cap. 40)

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