sexta-feira, 16 de março de 2012

NO SERVIÇO CRISTÃO

“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal do Cristo, para que cada
um receba segundo o que tiver feito, estando no corpo, o bem ou o mal.” —
Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, CAPÍTULO 5, VERSÍCULO 10.)

Não falta quem veja no Espiritismo mero campo de experimentação fenomênica, sem
qualquer significação de ordem moral para as criaturas.
Muitos aprendizes da Consoladora Doutrina, desse modo, limitam-se às investigações
de laboratório ou se limitam a discussões filosóficas.
É imperioso reconhecer, todavia, que há tantas categorias de homens desencarnados,
quantas são as dos encarnados.
Entidades discutidoras, levianas, rebeldes e inconstantes transitam em toda parte.
Além disso, incógnitas e problemas surgem para os habitantes dos dois planos.
Em vista de semelhantes razões, os adeptos do progresso efetivo do mundo,
distanciados da vida física, pugnam pelo Espiritismo com Jesus, convertendo-nos o
intercambio em fator de espiritualidade santificante.
Acreditamos que não se deve atacar outro círculo de vida, quando não nos
encontramos interessados em melhorar a personalidade naquele em que respiramos.
Não vale pesquisar recursos que não nos dignifiquem.
Eis por que para nós outros, que supomos trazer o coração acordado para a
responsabilidade de viver, Espiritismo não expressa simples convicção de imortalidade:
é clima de serviço e edificação.
Não adianta guardar a certeza na sobrevivência da alma, além da morte, sem o
preparo terrestre na direção da vida espiritual. E nesse esforço de habilitação, não
dispomos de outro guia mais sábio e mais amoroso que o Cristo.
Somente à luz de suas lições sublimes, é possível reajustar o caminho, renovar a
mente e purificar o coração.
Nem tudo o que é admirável é divino.
Nem tudo o que é grande é respeitável.
Nem tudo o que é belo é santo.
Nem tudo o que é agradável é útil.
O problema não é apenas de saber. É o de reformar-se cada um para a extensão do
bem.
Afeiçoemo-nos, pois, ao Evangelho sentido e vivido, compreendendo o imperativo de
nossa iluminação interior, porque, segundo a palavra oportuna e sábia do Apóstolo,
“todos devemos comparecer ante o tribunal do Cristo, a fim de recebermos, de acordo
com o que realizamos, estando no corpo, o bem ou o mal”.

(Pão Nosso; Introdução)

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