sexta-feira, 27 de abril de 2012

BASES




Disse-lhe Pedro: Nunca me la­varás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.” — (JOÃO, capítulo 13, versículo 8.)


É natural vejamos, antes de tudo, na resolução do Mestre, ao lavar os pés dos discípulos, uma de­monstração sublime de humildade santificante.
Primeiramente, é justo examinarmos a interpre­tação intelectual, adiantando, porém, a análise mais profunda de seus atos divinos. É que, pela mensagem permanente do Evangelho, o Cristo continua lavando os pés de todos os seguidores sinceros de sua dou­trina de amor e perdão.
O homem costuma viver desinteressado de todas as suas obrigações superiores, muitas vezes aplau­dindo o crime e a inconsciência. Todavia, ao contacto de Jesus e de seus ensinamentos sublimes, sente que pisará sobre novas bases, enquanto que suas apreciações fundamentais da existência são muito diversas.
Alguém proporciona leveza aos seus pés espiri­tuais para que marche de modo diferente nas sendas evolutivas.
Tudo se renova e a criatura compreende que não fora essa intervenção maravilhosa e não poderia participar do banquete da vida real.
Então, como o apóstolo de Cafarnaum, experi­menta novas responsabilidades no caminho e, dese­jando corresponder à expectativa divina, roga a Jesus lhe lave, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça.

(Caminho, Verdade e Vida; cap. 5)

Nenhum comentário:

Postar um comentário