quarta-feira, 4 de abril de 2012

SERVIR E MARCHAR




Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados.” — Paulo. (HEBREUS, capítulo 12, versículo 12.)


Se é difícil a produção de fruto sadio na lavoura comum, para que não falte o pão do corpo aos celei­ros do mundo, é quase sacrificial o serviço de aqui­sição dos valores espirituais que significam o alimen­to vivo e imperecível da alma.
Planta-se a semente da boá-vontade, mas obs­táculos mil lhe prejudicam a germinação e o cres­cimento.
É a aluvião de futilidades da vida inferior.
A invasão de vermes simbolizados nos aborreci­mentos de toda sorte.
A lama da inveja e do despeito.
As trovoadas da incompreensão.
Os granizos da maldade.
Os detritos da calúnia.
A canícula da irresponsabilidade.
O frio da indiferença.
A secura do desentendimento.
O escalracho da ignorância.
As nuvens de preocupações.
A poeira do desencanto.
Todas as forças imponderáveis da experiência humana como que se conjugam contra aquele que deseja avançar no roteiro do bem.
Enquanto não alcançarmos a herança divina a que somos destinados, qualquer descida é sempre fácil ...
A elevação, porém, é obra de suor, persistên­cia e sacrifício.
Não recues diante da luta, se realmente já podes interessar o coração nos climas superiores da vida.
Não obstante defrontado por toda a espécie de dificuldades, segue para a frente, oferecendo ao serviço da perfeição quanto possuas de nobre, belo e útil.
Recorda o conselho de Paulo e não te imobi­lizes.
Movimenta as mãos cansadas para o trabalho e ergue os joelhos desconjuntados, na certeza de que para a obtenção da melhor parte da vida é pre­ciso servir e marchar, incessantemente.

(Fonte Viva; cap. 52)

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