segunda-feira, 23 de abril de 2012

NUTRIÇÃO ESPIRITUAL

“Bom é que o coração se fortifique com graça e não com manjares, que de
nada aproveitaram aos que a eles se entregaram.” — Paulo. (HEBREUS,
CAPÍTULO 13, VERSÍCULO 9.)
Há vícios de nutrição da alma, tanto quanto existem na alimentação do corpo.
Muitas pessoas trocam a água pura pelas bebidas excitantes, qual ocorre a muita
gente que prefere lidar com a ilusão pernicíosa, em se tratando dos problemas
espirituais.
O alimento do coração, para ser efetivo na vida eterna, há de basear-se nas realidades
simples do caminho evolutivo.
É imprescindível estejamos fortificados com os valores iluminativos, sem atender aos
deslumbramentos da fantasia que procede do exterior. E justamente na estrada
religiosa é que semelhante esforço exige mais amplo aprimoramento.
O crente, de maneira geral, está sempre sequioso de situações que lhe atendam aos
caprichos nocivos, quanto o gastrônomo anseia pelos pratos exóticos; entretanto, da
mesma sorte que os prazeres da mesa em nada aproveitam nas atividades essenciais,
as sensações empolgantes da zona fenomênica se tornam inúteis ao espírito, quando
este não possui recursos interiores suficientes para compreender as finalidades.
Inúmeros aprendizes guardam a experiência religiosa, que lhes diz respeito, por
questão puramente intelectual. Imperioso, porém, é reconhecer que o alimento da alma
para fixar-se, em definitivo, reclama o coração sinceramente interessado nas verdades
divinas.
Quando um homem se coloca nessa posição íntima, fortifica-se realmente para a
sublimação, porque reconhece tanto material de trabalho digno, em torno dos próprios
passos, que qualquer sensação transitória, para ele, passa a localizar-se nos últimos
degraus do caminho.

(Pão Nosso; cap. 134)

Nenhum comentário:

Postar um comentário