quarta-feira, 18 de abril de 2012

A ORAÇÃO DO JUSTO




A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” — (TIAGO, capítulo 5, versículo 16.)


Considerando as ondas do desejo, em sua força vital, todo impulso e todo anseio constituem também orações que partem da Natureza.
O verme que se arrasta com dificuldade, no fundo está rogando recursos de locomoção mais fácil.
A loba, cariciando o filhotinho, no imo do ser permanece implorando lições de amor que lhe mo­difiquem a expressão selvagem.
O homem primitivo, adorando o trovão, nos re­cessos dalma pede explicações da Divindade, de maneira a educar os impulsos de fé.
Todas as necessidades do mundo, traduzidas no esforço dos seres viventes, valem por súplicas das criaturas ao Criador e Pai.
Por isso mesmo, se o desejo do homem bom éuma prece, o propósito do homem mau ou desequi­librado é também uma rogativa.
Ainda aqui, porém, temos a lei da densidade específica.
Atira uma pedra ao vizinho e o projétil será ime­diatamente atraído para baixo.
Deixa cair algumas gotas de perfume sobre a fronte de teu irmão e o aroma se espalhará na atmosfera.
Liberta uma serpente e ela procurará uma toca.
Solta uma andorinha e ela buscará a altura.
Minerais, vegetais, animais e almas humanas estão pedindo habitualmente, e a Providência Divina, através da Natureza, vive sempre respondendo.
Há processos de solução demorada e respostas que levam séculos para decerem dos Céus à Terra.
Mas de todas as orações que se elevam para o alto, o apóstulo destaca a do homem justo como sendo revestida de intenso poder.
É que a consiência reta, no ajustamento à Lei, já conquistou amizades e intercessões numerosas.
Quem ajunta amigos, amontoa amor. Quem amontoa amor, acumula poder.
Aprende, assim, agir com justiça e bondade e teus rogos subirão sem entraves, amparados pelos veículos da simpatia e da gratidão, porque o justo, em verdade, onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.

(Fonte Viva; cap 150)

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