sábado, 2 de junho de 2012

CERTAMENTE




Certamente cedo venho.” — (APOCALIPSE, capítlo 22, versículo 20.)


Quase sempre, enquanto a criatura humana res­pira na carne jovem, a atitude que lhe caracteriza o coração para com a vida é a de uma criança que desconhece o valor do tempo.
Dias e noites são curtos para a internação em alegrias e aventuras fantasiosas. Engodos mil da ilusão efêmera lhe obscurecem o olhar e as horas se esvaem num turbilhão de anseios inúteis.
Raras pessoas escapam de semelhante perda. Geralmente, contudo, quando a maturidade apa­rece e a alma já possui relativo grau de educação, o homem reajusta, apressado, a conceituação do dia.
A semana é reduzida para o que lhe cabe fazer.
Compreende que os mesmos serviços, na posi­ção em que se encontra, se repetem a determinados meses do ano, perfeitamente recapitulados, qual ocorre às estações de frio e calor, floração e frutes­cência para a Natureza.
Agita-se, inquieta-se, desdobra-se, no afã de multiplicar as suas forças para enriquecer os minu­tos ou ampliá-los, favorecendo as próprias energias.
E, comumente, ao termo da romagem, a morte do corpo surpreende-o nos ângulos da expectativa ou do entretenimento, sem que lhe seja dado recupe­rar os anos perdidos.
Não te embrenhes, assim, na selva humana, despreocupado de tua habilitação à luz espiritual, ante o caminho eterno.
No penúltimo versículo do Novo Testamento, que é a Carta do Amor Divino para a Humanidade, determinou o Senhor fosse gravada pelo apóstolo a sua promessa solene:
Certamente, cedo venho.”
Vale-te, pois, do tempo e não te faças tardio na preparação.

(Fonte Viva; cap. 10)

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