sábado, 16 de junho de 2012

DÁDIVAS ESPIRITUAIS




E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem ressuscite dentre os mortos.” — (MATEUS, capítulo 17, versículo 9.)


Se o homem necessita de grande prudência nos atos da vida comum, maior vigilância se exige da criatura, no trato com a esfera espiritual.
É o próprio Mestre Divino quem no-lo exempli­fica.
Tendo conduzido Tiago, Pedro e João às mara­vilhosas revelações do Tabor, onde se transfigurou ao olhar dos companheiros, junto de gloriosos emis­sários do plano superior, recomenda solícito: “A nin­guém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos.”
O Mestre não determinou a mentira, entretanto, aconselhou se guardasse a verdade para ocasião oportuna.
Cada situação reclama certa cota de conhecimento.
Sabia Jesus que a narrativa prematura da su­blime visão poderia despertar incompreensões e sarcasmos nas conversações vulgares e ociosas.
Não esqueçamos que todos nós estamos mar­chando para Deus, salientando-se, porém, que os caminhos não são os mesmos para todos.
Se guardas contigo preciosa experiência espiri­tual, indubitavelmente poderás usá-la, todos os dias, utilizando-a em doses apropriadas, a fim de auxiliares a cada um dos que te cercam, na posição particulari­zada em que se encontram; mas não barateies o que a esfera mais alta te concedeu, entregando a dádiva às incompreensões criminosas, porque tudo o que se conquista do Céu é realização intransferivel.

(Caminho, Verdade e Vida; cap. 128)

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