quarta-feira, 6 de junho de 2012

ESTEJAMOS CONTENTES




Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA A TIMÓTEO, capítulo 6, versículo 8.)


O monopolizador de trigo não poderá abastecer­-se à mesa senão de algumas fatias de pão, para saciar as exigências da sua fome.
O proprietário da fábrica de tecidos não des­penderá senão alguns metros de pano para a con­fecção de um costume, destinado ao próprio uso.
Ninguém deve alimentar-se ou vestir-se pelos padrões da gula e da vaidade, mas sim de confor­midade com os princípios que regem a vida em seus fundamentos naturais.
Por que esperas o banquete, a fim de oferece­res algumas migalhas ao companheiro que passa faminto?
Por que reclamas um tesouro de moedas na retaguarda, para seres útil ao necessitado?
A caridade não depende da bolsa. É fonte nas­cida no coração.
É sempre respeitável o desejo de algo possuir no mealheiro para socorro do próximo ou de si mes­mo, nos dias de borrasca e insegurança, entretanto, é deplorável a subordinação da prática do bem ao cofre recheado.
Descerra, antes de tudo, as portas da tua alma e deixa que o teu sentimento fulgure para todos, à maneira de um astro cujos raios iluminem, balsami­zem, alimentem e aqueçam...
A chuva, derramando-se em gotas, fertiliza o solo e sustenta bilhões de vidas.
Dividamos o pouco, e a insignificância da boa-vontade, amparada pelo amor, se converterá com o tempo em prosperidade comum.
Algumas sementes, atendidas com carinho, no curso dos anos, podem dominar glebas imensas.
Estejamos alegres e auxiliemos a todos os que nos partilhem a marcha, porque, segundo a sábia palavra do apóstolo, se possuimos a graça de contar com o pão e com o agasalho para cada dia, cabe-nos a obrigação de viver e servir em paz e contenta­mento.

(Fonte Viva; cap. 9)

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