quinta-feira, 21 de junho de 2012

FILHO E CENSOR

“Mas, respondendo ele, disse ao pai: “eis que te sirvo, há tantos anos,
sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste
um cabrito para alegrar-me com meus amigos...” – Jesus
(LUCAS,15:29.)
Na parábola do filho pródigo, não encontramos somente o irmão que volta experiente e
arrependido ao convício do lar.
Nela, surge também o irmão correto, mas egoísta, remoendo censura e reclamação.
Ele observa a alegria paternal, abraçando o irmão recuperado; entretanto, reprova e
confronta. Procede como quem lastima o dever cumprido, age à feição de um homem que
desestima a própria nobreza.
É fiel aos serviços do pai; contudo, critica-lhe os gestos. Trabalha com ele; no entanto,
anseia escravizá–lo aos próprios caprichos.
Atende-lhes aos interesses, vigiando-lhe o pão e a prata.
Guarda lealdade, mergulhando-se na idéia de evidência e de herança.
Se o coração paterno demonstra grandeza de sentimento, explode em ciúme e queixa. Se
perdoa e auxilia, interpõe o merecimento de que se julga detentor, tentando limitar-lhe a
bondade.
Perde-se num misto de crueldade e carinho, sombra e luz.
É justo e injusto, terno e agressivo, companheiro e censor.
Deseja o pai somente para si, a fazenda e o direito, o equilíbrio e a tranqüilidade somente
para si.
No caminho da fé, analisa igualmente a tua atitude.
Se te sentes ligado à Esfera Superior por teus atos e diretrizes, palavras e pensamentos,
não te encarceres na vaidade de ser bom. Não te esqueças, em circunstância alguma, de
que Deus é Pai de todos, e, se te ajudou para estares com ele, é para que estejas com
ele, ajudando aos outros.

(Palavras de Vida Eterna; cap. 98)

Nenhum comentário:

Postar um comentário